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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Candelária - três morreram afogados no Rio Pardo

Mortes de pai, filha e padrinho elevam para 152 o número de afogados no Estado Ana Paula de Andrade/Folha de Candelária/Especial
13 de dezembro de 2012


Logo após chegar a Candelária, no Vale do Rio Pardo, Leonor Cecília Pedroso Soares, 40 anos, perdeu o marido, uma filha de 13 anos e o sócio. Os três morreram afogados no Rio Pardo. Os corpos foram encontrados nesta quinta-feira, elevando para 152 o número de mortes por afogamento no Estado neste ano e superando o total registrado durante todo o ano passado. Quase metade dos casos ocorreu em rios.

— Eu perdi tudo. Não faço ideia do que vou fazer agora. Estou sem família e sem sócio. Estou perdida — resume Leonor, dona de uma serralheria na Capital.

Fazia apenas duas horas que a família havia chegado de Porto Alegre, para um passeio em Candelária, quando a tragédia aconteceu. Estabeleceram-se na casa de uma tia da empresária, em Vila Passa Sete, no interior do município, por volta das 17h de quarta-feira. Em seguida, Leandro Souza Soares, 41 anos, e Carlos Elias Ribeiro, 57 anos, saíram para pescar. Sem energia elétrica em razão do temporal, Leonor e os tios ficaram tomando chimarrão. Ana Clara Pedroso Soares, 13 anos, a irmã Manuela, quatro anos, e o primo João Vitor Dotz, 11 anos, foram até a beira do rio sob a orientação de não entrar na água. Mas o trio acabou entrando.

Por volta das 19h, Ana Clara foi levada pela correnteza. Padrinho da garota, Ribeiro se atirou na água para tentar salvá-la, mas não conseguiu. O pai, mesmo sem saber nadar, também se jogou na esperança de ajudar. Minutos depois, os três desapareceram.

— Meu sobrinho veio correndo avisar. Quando chegamos lá, ainda vi meu marido e minha filha lutando para sobreviver. Logo depois, sumiram. Foi horrível — lembra Leonor.

Por volta das 8h30min de ontem, veio a notícia de que a filha havia sido encontrada morta. Meia hora depois, os bombeiros localizaram o marido, que era vigilante. Às 12h30min, foi a vez do corpo compadre e sócio na serralharia ser achado.

Um comentário:

  1. O Leandro era meu primo! Não tinha muito contato mas só fiquei sabendo da morte dele por este blog! Sinto muito!

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