Leia Coluna do Airton Engster dos Santos no Jornal Nova Geração de Estrela

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Economia - 13 de maio de 2016



A confirmação da votação do Senado que afastou a presidente Dilma Rousseff do governo foi bem recebida no mercado de câmbio, mas não impediu uma alta de 0,88% do dólar, que fechou cotado a R$ 3,4776 no mercado à vista nesta quinta-feira. Segundo operadores do mercado de câmbio, a procura por dólares persistiu mesmo com a boa recepção à abertura do processo de impeachment no Senado. Isso porque os investidores se mostraram cautelosos em relação às medidas econômicas que deverão ser tomadas, algumas impopulares e que serão alvo de forte oposição.

Além disso, o Banco Central vendeu o lote integral de quase 1 bilhão de dólares em contratos de swap reverso pela manhã, o que corresponde a uma compra de dólares no mercado futuro, pressionando as cotações para cima. Segundo profissionais do mercado a alta também se sustentou diante de um movimento de realização de lucros recentes.

Bovespa

A concretização do já esperado afastamento da presidente Dilma Rousseff foi recebida sem sobressaltos nos mercados de ações e de câmbio nesta quinta-feira. À espera do anúncio dos nomes para a equipe econômica do governo de Michel Temer, os investidores mantiveram ao mesmo tempo otimismo e cautela. Com isso, a Bovespa fechou em alta de 0,90%, aos 53.241,31 pontos.

A bolsa abriu em alta em torno de 1%, perdeu fôlego no final da manhã e caiu até 0,65%, mas voltou a subir firmemente à tarde, alcançando alta máxima de 1,96%. Os nomes de Henrique Meirelles para o Ministério da Fazenda e de Ilan Goldfajn para o Banco Central já vinham sendo dados como certos nos últimos dias e estão no rol dos profissionais que agradam ao mercado. A novidade foi o surgimento de Mansueto Almeida, especialista em contas públicas, como apontado para a Secretaria do Tesouro Nacional. O nome foi bem recebido nas operações.

Sem euforia com a concretização do afastamento temporário de Dilma Rousseff, o mercado também monitorou de perto as oscilações das commodities e das bolsas de Nova York, além dos balanços trimestrais das empresas brasileiras. Os contratos futuros de petróleo tiveram uma sessão de volatilidade, mas fecharam em alta. As ações da Petrobras também enfrentaram instabilidade, principalmente devido à proximidade da divulgação do balanço trimestral. Ao final dos negócios, Petrobras ON caiu 1,55% e Petrobras PN recuou 4,49%, ignorando a valorização do petróleo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário